Páginas

segunda-feira, 19 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ouça essa jovem!

Procuradores pedem impugnação de quase 400 candidatos

Número deve crescer ao longo dessa semana, última para o Ministério Público apresentar os pedidos


Redação Época, com Agência Estado

Pelo menos 371 políticos que pretendem concorrer a cargos públicos nas eleições deste ano tiveram suas candidaturas contestadas na Justiça Eleitoral. Grande parte desses políticos é acusada de ter "ficha suja", segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo junto a órgãos do Ministério Público (MP) e da Justiça. A lista de candidaturas questionadas ainda deve crescer ao longo desta semana, quando termina o prazo para o MP apresentar os pedidos de impugnação.

Entre os que tiveram candidaturas questionadas pelo MP até agora estão o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), que pretende concorrer ao Senado, e o ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz (PSC-DF), que quer voltar a governar o Distrito Federal. Os dois renunciaram no Senado para evitar possíveis cassações. As impugnações terão de ser analisadas até 19 de agosto e, em tese, recursos ainda poderão ser encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Dados preliminares da Justiça Eleitoral indicam que cerca de 20 mil políticos pediram registro para disputar as eleições de outubro. De acordo com decisão recente do TSE, os condenados por tribunais não poderão se candidatar porque esse impedimento está previsto na Lei da Ficha Limpa. Pela interpretação da lei, que foi sancionada no dia 4 de junho, deverão ser barrados até mesmo os políticos condenados no passado e aqueles que renunciaram ao mandato para fugir de processo de cassação, caso de Roriz e Barbalho.

Em Alagoas, a Procuradoria Regional Eleitoral protocolou na segunda-feira (13) seis ações de impugnação de registro de candidaturas com base na Lei da Ficha Limpa. Entre as candidaturas questionadas está a do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que disputa de novo o governo do Estado.

No Pará, além de Jader, nove políticos tiveram suas candidaturas contestadas por causa de rejeição de contas relativas a administrações anteriores ou em virtude de renúncias. Um deles é o deputado Paulo Rocha (PT), que agora pediu o registro para concorrer ao Senado. Rocha é suspeito de envolvimento no esquema do mensalão do PT. Outro político que teve a candidatura contestada foi o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR). Garotinho foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico nas eleições de 2008, junto com sua mulher, Rosinha

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Novo Código Florestal

Texto extraído do blog 'vivo verde'

Êhlaiá! Brasil? #CódigoFlorestal? Não Não… Copa do mundo!! É só nisto que a maioria (incluindo até eu, em alguns momentos) estava pensando por estes dias. Mas a história mudou. Hoje a tarde, a Comissão especial que avalia as mudanças do Código Florestal aprovou, a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) aquele fdp. Fonte: Planeta Sustentável Foram 13 votos a favor e 5 contra e as nove emendas que propunham modificá-lo foram rejeitadas.

Segue o nome dos…:

A favor ( o que é ruim)                                               


                                                                               

Aldo Rebelo (PCdoB-SP)                                       

Anselmo de Jesus (PT-RO)                                     

Duarte Nogueira (PSDB-SP)                                 


Eduardo Seabra (PTB-AP)                                    


Hernandes Amorim (PTB-RO)                               


Homero Pereira (PR-MT)                                      


Luis Carlos Heinze (PP-RS)


Marcos Montes (DEM-MG)


Moacir Micheletto (PMDB-PR)


Moreira Mendes (PPS-RO)


Paulo Piau (PPS-MG)


Reinhold Stephanes (PMDB-PR)


Valdir Colatto (PMDB-SC)



Contra ( o que é bom)


 
- Dra. Rosinha (PT-PR)


- Ivan Valente (PSOL-SP)


- Ricardo Trípoli (PSDB-SP)


- Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)


- Sarney Filho (PV-MA)



O texto já está pronto para ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados. No entanto, devido à natureza polêmica do tema, parlamentares ligados a ambientalistas e ruralistas disseram que isso só deve ocorrer após as eleições de outubro.

É bom lembrar que, o relatório prevê a redução da área de mata ciliar, às margens dos rios que deve ser preservada, chamadas de Áreas de Preservação Permanente (APP) de 30 metros para 15 metros. Isto é um absurdo, afinal as matas ciliares são de extrema importância para a preservação dos rios, encostas, animais que ali vivem, e principalmente, já são muito degradados pelo homem. Embora tenha sido retirada do texto a permissão para que os estados reduzam ainda mais – pela metade – foi mantida a possibilidade para que os órgãos compostos por conselhos estaduais alterem , feito o zoneamento agroecológico, alterem esse tamanho.

O deputado Ivan Valente (P-SOL-SP / A FAVOR (y)) afirmou que o relatório prejudica quem cumpriu a lei e principalmente quem PRESERVOU. Ele considera que um dos maiores problemas na discussão do tema é que não há uma educação para a preservação com atuação efetiva do Estado. “É preciso mais Estado. Tanto para fiscalizar como para dar assistência técnica, principalmente aos pequenos produtores”.



É minha gente, eu estava/estou agrupando material para escrever um post responsável quanto a este assunto. No mais, fica ai o “nominho” e “partidinho” de cada “deputadinho”. NÃO SE ESQUEÇA! Por favor.



Fonte: Correio Braziliense

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Temos candidatos da casa.

Hoje começa a corrida eleitoral aqui na nossa Pirajuí, teremos muitos paraquedistas aventureiros, principalmente em se tratando de deputados postulantes, gente que vem aqui, oferecem vantagens pecuniárias para alguns líderes políticos para 'abraçar' sua campanha e nunca mais aparece, precisamos apoiar candidatos comprometidos com nossa comunidade, temos depois de quase cinquenta anos candidatos da casa, Jamil (PSOL)- federal e Miotto (PTB) - estadual, interessante já que alguns políticos de Pirajuí vem defendendo a idéia de apoiar candidatos do nosso torrão, na qualidade de Presidente do Partido Verde, por uma questão de ética partidária, devo apoiar "gratuitamente" e que isso fique bem claro, candidatos da minha sigla, tenho minhas preferências pessoais, tenho adoração pelo presidente nacional do PV o 'Pena' pra quem já teve oportunidade de conhecer esse bahiano erradicado em São Paulo, nota que o PV tem a sua cara, simpatia, desprendimento, carisma e tantos outros atributos positivos que transformaram-se em votos, em Pirajuí, nas quatro campanhas que eu participei, o PV foi sempre a legenda mais votada, e isso é um orgulho para mim e para meus companheiros de partido, como candidato a deputal estadual devo a obrigatoriedade de apoiar o meu amigo Chico Sardelli, deputado eleito por Americana, foi autor de uma emenda de 'cem mil reais' para a prefeitura municipal empregar em obras de galerias pluviais no alto Vila Ortiz, onde existia um grave problema de inundações prejudicando os moradores da rua Distrito Federal, Bahia, Goiás e 'Tira -Terra'. Chico Sardelli também é nosso homem de negociação com o governador do estado para resolvermos problemas na saúde (Santa Casa) e meio ambiente, Chico como deputado é autor de mais de cento e sessenta milhões de reais em emendas para os municípios do estado. Chico também é o responsável por eu estar de volta a esse partido que tanto amo, obrigado velho amigo Chico Sardelli e boa sorte, é isso aí!

Aqui fomos bem.

Nos jogos regionais, dessa vez na vizinha cidade de Lins, nosso time de futebol, conseguiu ontem abater a forte cidade de Pederneiras, estabelecendo um placar de 2x0, notícia boa pra nós que recentemente passamos um vexame na copa da África, perdemos ali não pela falta de um bom futebol, mas sim pela falta de uma objetivação, sofremos um ataque de nervos, estávamos psicologicamente despreparados e com isso a Holanda soube explorar essa deficiência fazendo o placar ser de mérito dela. Torço para a laranja chegar ao final e sagrar-se campeã, e a razão é a seguinte, quantos padres holandeses dedicaram suas vidas a esse país, tivemos casos que os holandeses bancavam não só a "Casa do Garoto" mas, também o "Lar Santa Maria"com doações de roupas e dinheiro, além de moças que dedicavam suas férias aqui em Pirajuí para ajudar nossas crianças, 'eles' merecem, viva a Holanda, que seja laranja então!

Estamos mais enxutos.

Atendendo aos pedidos, estamos repaginando nosso humilde blog, este tinha exatamente esse contexto, uma mistureira de coisas até se tornarem um imbróglio, uma confusão tamanha que ninguém precisaria entender nada, não estávamos aqui para esclarecer, informar, etc., talvez o propósito fosse ajudarmos a confundir, muitas vezes não é necessário explicar tudo, mas fomentar a dúvida, nem sempre interessando a resposta. A maioria das respostas estão nas próprias perguntas, ou melhor dizendo, dentro de cada um, naquilo que é mais íntimo seu.

Por essas e outra razões, estamos refinando nossa página, sem demasias, somente com o essencial, visando mais a informação, limpando o layout, deixando mais leve, livre, como deve ser nossas idéias e opiniões.

Meu muito obrigado às visitações, sinto-me honrado por continuar sendo um dos vários ‘formadores de opinião’ de nossa cidade.

domingo, 4 de julho de 2010

Índio: sangue novo para sair do imbróglio?

Texto extraído do Blog do Sirkis.



Ao contrário de muitas opiniões que ouvi, penso que a decisão de Serra de aceitar o deputado Índio da Costa como seu vice foi uma boa saída, dentro de suas circunstâncias. Normalmente, se espera que torçamos sempre para que as decisões de nossos concorrentes dêem errado. Essa ,no entanto, não é a postura dos verdes. Penso que qualquer acerto programático ou de escolha acertada de equipe de governo que Serra ou Dilma cometam é positiva e elogiável. Já nos propusemos, no caso de uma vitória de Marina, governar com o PT, o PSDB e, eventualmente, com os bons quadros isolados de outros partidos. Por essa razão, quanto melhor rodeados estiverem nossos concorrentes potencialmente melhor para o país.

Serra foi acometido pela maldição do vice. Lula sofreu isso em 1989. Costuma afligir políticos em inferno astral. Tinha o seu vice dos sonhos, Aécio Neves. Sobre a relação de ambos pairavam seqüelas de uma disputa dura pela pré-cadidatura e a insegurança do ex-governador mineiro sobre sua sorte, no caso de uma derrota de Serra. Político em franca ascensão não quis correr o risco de ficar ao relento por quatro anos nessa contingência. Numa conversa que tivemos há três meses em BH ele me disse que gostava do legislativo e queria, de fato, ser senador. Penso que tem razão.

A solução natural para Serra era de fato um vice do DEM que é seu maior partido aliado. Mas o DEM, convenhamos... Era uma difícil encontrar ali alguém que de fato somasse para a chapa. Conversando com o Gabeira sobre o assunto, concluímos que a melhor solução para o Serra seria eventualmente o deputado baiano José Carlos Aleluia, um expoente light do carlismo, um político sério de bom nível intelectual e progressista dentro do contexto daquele partido conservador. A intrigante inviabilização de seu nome parece dever-se aos meandros da política baiana e ao fato de seu concorrente Juthaí Magalhães ser um dos conselheiros mais próximos de Serra.


Naturalmente, a indicação de Índio por Rodrigo Maia deve-se primordialmente ao ardil de retirar do caminho um forte concorrente na corrida interna para deputado federal num contexto em que o presidente do DEM não dispõe mais da máquina da prefeitura para sua campanha eleitoral. Pôde assim ver-se livre de um rival interno talentoso que, ao contrário dele, tem brilho próprio. Mas, em política, Max Weber já notava, o negativo pode produzir efeitos positivos e vice versa e, no caso, levando em conta o elenco disponível no DEM, essa parece ser uma boa solução, ainda que algo arriscada. Não deixa de ilustrar aquela tese americana "all politics is local" (a política é sempre paroquial)


Conheço razoavelmente bem Índio da Costa e, contrariando a maioria das opiniões que li, tenho uma opinião globalmente positiva sobre ele. Fez bons mandatos parlamentares como vereador e deputado e um trabalho sério como secretário de administração. Me recordo dele como um colega aplicado e correto, destacando-se numa equipe em acelerado processo de perda de qualidade. Embora nunca tenha enfrentado abertamente a deriva lamentável de César como prefeito, na sua “segunda encarnação”, como diz Merval Pereira, ao contrário de muitos outros, manteve sempre uma postura digna. No que pese reservas que tenho em relação à avidez dos políticos de sua geração, penso que dentre eles é um dos promissores. Por isso, passada a surpresa da escolha de Serra e independentemente dos seus efeitos político-eleitorais de curto prazo, que parecem duvidosos, opino que Serra, nas suas circunstâncias de saia justa não fez uma má escolha.

Em matéria de vice, assim como em vários outros campos, no entanto, sou muito mais Marina. Não há páreo para o nosso Guilherme Leal!

Salta aos olhos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Os mais preparados.

O Partido Verde infinitamente possui os candidatos mais preparados para os cargos que postula, Marina foge do plebiscito e da triste opção do sim ou não ao Governo Federal vindo como uma alternativa que pensa e completamente viável antenada aos modernos princípios de gestão governamental onde a sustentabilidade e o respeito ao ser humano e meio ambiente são as pilastras do jeito verde de governar, já Fábio Feldman com suas atuações na área ambiental em São Paulo destaca-se não só por ser idealizador do maior e mais bem sucedido projeto de proteção ambiental da Mata Atlântica de todo país, mas pelo grande desempenho na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo na sua passagem pelo PSDB, creio que esse afastamento de doze anos da política trouxe experiências obtidas nas suas caminhadas por outros países conquistando pra si, como num "mongismo" intelectual, uma gama de conhecimentos e acertos relacionados a meio ambiente e gestão governamental. Longe da triste gestão de "estado mínimo" aplicada pelos tucanos onde há quatorze anos. Sem dúvida são os mais íntegros e preparados que poderíamos ter pra votar, parabéns ao Pena, Sirkis, Maurício, Rogério e lideranças, bingo!

R-7 : Entrevista o candidato verde ao Governo do Estado Fábio Feldman

Texto extraído do Blog do PV. 
 Ex-secretário do Meio Ambiente aposta

em “onda verde” para vencer em SP

Fabio Feldmann, do PV, compara Marina a Obama e o vice Guilherme Leal a Bill Gates



Marina Novaes, do R7.Texto: ..



Foto por Daia Oliver, do R7

Ex-secretário do Meio Ambiente Fabio Feldmann disputa o governo de SP.

.Afastado da política há 12 anos, o ex-secretário estadual de Meio Ambiente e ex-deputado federal pelo PSDB, Fábio Feldmann, 55, está de volta ao cenário eleitoral, desta vez, para disputar o governo de São Paulo pelo Partido Verde.



Ao lado da candidata à Presidência Marina Silva e do empresário Ricardo Young, ex-presidente do Instituto Ethos que disputará uma vaga no Senado, o fundador da ONG (organização não-governamental) SOS Mata Atlântica oficializa sua candidatura neste sábado (19), durante convenção estadual da sigla na capital paulista.



Ao R7, o consultor ambiental admitiu que a “onda verde” que tomou conta do mundo nos últimos anos – o tema nunca esteve tão em alta –, e o entusiasmo em torno da candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente foram decisivos para convencê-lo a retornar à política.



Embora reconheça a dificuldade em vencer a disputa, Feldmann pretende se apresentar como uma “alternativa” para o eleitor, em uma briga polarizada entre PSDB e PT – assim como tem feito Marina na corrida nacional.



Em entrevista concedida no final de maio, o candidato verde negou que sua candidatura tenha como objetivo fortalecer seu nome em uma eventual campanha futura para a Câmara; comparou o empresário Guilherme Leal (vice na chapa nacional) ao líder da empresa Microsoft, o americano Bill Gates; e disse que Marina é a “Obama de saias” do país, em referência às semelhanças entre as campanhas da senadora verde e do presidente dos Estados Unidos.



Leia abaixo os principais trechos da entrevista:



R7 – Por que decidiu voltar para a política, após todo esse tempo?



Fábio Feldmann: Eu estou afastado da política faz 12 anos, mas não dos temas que continuo trabalhando. E o fato que mais me motivou foi o momento particular que o Brasil passa, com a Marina na disputa presidencial, o que traz uma oportunidade única de colocar nossos temas em discussão. Até 2020, vamos ter que tomar medidas urgentes, em um espaço de tempo muito curto, em relação ao aquecimento global.



R7- Qual a expectativa em relação à disputa. A campanha ainda está morna?



Feldmann: Acho que a campanha presidencial tem uma característica que a estadual não tem, que é de ser mais conceitual, ter mais debate, até pela cobertura que ela tem recebido na imprensa. [...] Nos Estados, as campanhas ainda estão longe de chegar a essa etapa, que eu acho que é necessária, que é discutir o que se quer para São Paulo.



R7 – O que o PV pretende propor e o que acha que precisa ser mudado no governo atual?



Feldmann: É preciso pensar em São Paulo com a estatura que tem. Nós temos um PIB equivalente ao da Argentina; um Estado com massa crítica; um setor empresarial cosmopolita; e temos a mídia em grande parte aqui. E a ideia é discutir as oportunidades que se têm para São Paulo se colocar no século 21. O conflito hoje que se coloca no mundo, e em São Paulo, são visões do século 21 versus as visões dos séculos 20 e 19.



R7- O que isso significa?



Feldmann: Acho que nós temos que caminhar para uma economia de baixa intensidade de carbono. Já no campo dos municípios, muitas cidades grandes e médias merecem ser repensadas em termos de modelo. Em relação ao transporte, vivemos um modelo que está totalmente superado, que é o do transporte individual, sem transporte público eficiente e poluidor. [...] Enfim, em relação a todas essas políticas públicas, é preciso ter essa visão de avançar em direção ao século 21.



R7 – No cenário nacional, mesmo havendo uma polarização PT X PSDB, a Marina está isolada na terceira colocação. Acha que é possível reverter essa polarização entre os dois partidos em São Paulo?



Feldmann: Eu acho que dá, mas a dificuldade está na exposição. Você pode notar como o espaço de discussão dos governadores é praticamente inexistente, então isso cria uma dificuldade muito grande. O fato é que há uma dificuldade muito clara em colocar alternativa a essa polarização, que não esgota o debate político necessário. [...] Eles têm um debate entre as máquinas: a máquina pública federal versus a máquina estadual. E nós temos as ideias, e é nesse campo que a gente pretende discutir.



R7 – Esse discurso verde ainda assusta os empresários?



Feldmann: A temática ambiental é uma temática muito recente no mundo, ela tem 40 anos. Então, o setor empresarial aqui ainda está muito vinculado a esse debate bipolar entre PT e PSDB, que ainda não explora esse tema. [...] Eu acho que a nossa campanha inclusive tem esse objetivo de colocar isso em discussão.



R7 – Acha que o Guilherme Leal [fundador da Natura e vice de Marina na disputa à Presidência] conseguirá levar esse tema aos empresários?



Feldmann: O Guilherme Leal, nesse sentido, se torna um avalista muito importante da candidatura do PV. É um empresário que, na minha opinião, representa um fenômeno da "Microsoft brasileira", porque a Natura é a Microsoft brasileira. Quando se compara com os outros vices, são vices que atendem muito mais a uma necessidade de composição eleitoral, que tem mais a ver com o tempo de propaganda na televisão, do que com o que Guilherme representa. Neste sentido, ele também sinaliza uma política que se faz não apenas em torno da aliança eleitoral, preocupada só com a questão do tempo de televisão.



R7 - Na Colômbia o candidato Antanas Mockus teve um crescimento surpreendente, por exemplo. Acha que o mundo passa por uma “onda verde”?



Feldmann: Acho que ela existe por inúmeras razões, e acho que o momento é muito propício para o PV crescer nesta eleição. Acho que não tem nenhum outro partido no Brasil para fazer esse debate. […] Acho que existe uma certa fadiga de material [entre os adversários] e, para o eleitorado, a única opção inovadora é o Partido Verde.



R7 – A campanha da Marina já chegou a ser comparada com a do Obama [Barack Obama, presidente dos Estados Unidos]. Existe essa semelhança?



Feldmann: A Marina tem um perfil semelhante, quer dizer, há cinco anos, se nós estivéssemos aqui nessa entrevista provavelmente a possibilidade de os Estados Unidos elegerem um presidente negro não estaria colocada. Então, a eleição do Obama sinalizou uma mudança no mundo, e a Marina é, de certa maneira, a Obama de saias do Brasil. Ela tem uma biografia exemplar, a Marina tem preparo, tem capacidade de articulação, então ela também sinaliza isso para o mundo.



R7 – Foi ela quem o convenceu a voltar para a política e a encarar uma eleição?



Feldmann: Eu conheço a Marina há muitos anos, então ela foi decisiva, porque realmente eu tinha uma opção de não voltar a exercer qualquer mandato político. [...] A motivação que eu tenho é esse momento muito particular que o Brasil vive, não fosse isso, provavelmente eu não seria candidato. [...] Eu estou aqui porque existe um projeto político, acho que a minha candidatura provoca em certa medida o mesmo que o da Marina no cenário nacional com o debate. Certamente os nossos temas dificilmente seriam debatidos sem uma candidatura do PV. E, claro, a minha candidatura também ajuda a Marina, criando palanque para ela no maior colégio eleitoral do Brasil.

.