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domingo, 3 de junho de 2012


Um papel feito de plástico é a novidade na indústria da reciclagem, que busca retirar da natureza as embalagens que levam 400 anos para se decompor.
A ideia de um livro sem papel pode parecer estranha. A aparência, porém, não muda. As páginas são feitas de tampinhas e rótulos de garrafa, embalagens de salgadinho e até sacolinhas de supermercado. Em vez de ir para o lixo, o material foi reciclado e transformado em pequenos grãos até virar papel de plástico.
Um caderno feito com papel sintético, ao ser tateado, é um pouco diferente do que estamos acostumados, mas a tinta da caneta adere normalmente. As folhas não rasgam nem molham. Como é tudo plástico, não absorvem a água.
O reaproveitamento do plástico é feito em uma fábrica de Votorantim, na região de Sorocaba, no interior de São Paulo. O material já foi utilizado na impressão de revistas e livros para crianças. “A gente está ainda com o mercado em desenvolvimento. O mercado está tendo uma aceitação boa, porque lida muito com o apelo de sustentabilidade", afirma o diretor comercial Gustavo Souza.
Hoje, quatro em cada dez embalagens plásticas ainda vão parar em aterros. Alem de poupar essas áreas, o processo que traz o plástico de volta à indústria não desperdiça recursos naturais. “Nós economizamos petróleo que é utilizado na composição do plástico, nós não precisamos gastar corte de árvore quando fabricamos o papel, se a gente utilizar a sucata. Tudo isso é toda economia de matérias-primas”, afirma Sabetai Calderoni, presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável.
 

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