A cidade de Araraquara, com 208 mil habitantes, produz 160 toneladas de lixo orgânico por dia. Os pesquisadores acreditam que boa parte disso por se tornar artefatos de concreto.
“Tem de substituir areia e cimento na fabricação de artefatos de concreto”, diz o químico Marcelo Souza Santos .
No barracão improvisado nos fundos de uma empresa metalúrgica começa a transformação. O lixo orgânico entra pela máquina para se transformar em matéria-prima da construção civil. Cascas de laranja e restos de comida são triturados e seguem para o misturador. As bactérias são eliminadas por um processo químico e a massa de lixo é transformada em grãos. No forno com temperatura de 300ºC, o material perde a umidade e os grãos estão prontos para virarem pó. Só aí, então, a matéria-prima pode ir para a fábrica.
Os equipamentos foram desenvolvidos pelo sociólogo José Antonio Masotti, que trabalhou como metalúrgico na juventude. Foram investidos R$ 100 mil no projeto. A fábrica de blocos aguarda ainda os primeiros testes de resistência e contaminação.
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