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sábado, 19 de junho de 2010

Os lestos e ativos metediços.

Muitas pessoas me perguntam na rua, através de mensagens eletrônicas ou mesmo comentando esse blog, o porquê de postura tão imperativa. Pra quem não entendeu o “imperativa” é “crítica” mesmo, porque ser tão crítico ao meu amigo prefeito no meu mandato como vereador.

Acredito que podíamos fazer muito mais e “melhor”, o trivial qualquer um faz, mas não nós, nós estudávamos as administrações anteriores, conhecíamos os erros, os percalços, os pontos de estagnação, onde deveríamos aplicar mais recursos, os pontos em que precisávamos de pulso forte, a fragilidade em um governo, é algo inaceitável em qualquer lugar do mundo, mas temos que ter o cuidado para também não deixarmos que um governo seja o “Leviatã”, e esse monstro acabe prejudicando, ao invés de ajudar, a vida dos cidadãos.

Confesso que conhecia muito bem o Jardel, amigo de longa data, nos fizemos juntos, éramos um quarteto, Rodrigo, Jardel, Flávio e Gustavo, juntos aprendemos a criticar e desafiar não só apontando erros, mas buscando soluções. Tornamos-nos atrevidos, insolentes e porque não dizer preparados, e nos lançamos candidatos a cargo majoritário, eu com vinte e nove anos, pus no bolso macacos velhos, ou “gafanhotos” como eles próprios se julgaram num debate que entrou pra história, se não foi da cidade pelo menos de nossas vidas. Naquela inesquecível eleição de 2000 obtivemos mais de mil parceiros que se somaram na mesma vontade de transformarmos uma cidade, cidade esta que apenas cumpria um protocolo de obras frias com um senso humanitário esquecido com uma política de que quem não concordava era escrachado e esquecido, isso tudo numa cidade “de paz e de luz” como diria Paulo Alcestre.

Não demorou muito estávamos lá, Jardel no executivo e Rodrigo no legislativo, tínhamos paciência com o velho bom e teimoso Neguito, mas quis o destino que o menino mais criativo dos quatro jovens cavaleiros de nossa pequena távola, assumisse seu papel, o de comandar a pujança tardia, mas agora revigorada de nossa querida Pirajuí.

Aí é que começaram os problemas, os quatro jovens no lugar de se manterem unidos não souberam controlar suas vaidades, esquecêramos que a nossa verdadeira força estava na nossa união, faltou ao menino criativo a paciência e articulismo do Flávio, a força e imperatividade do Gustavo e o carisma e coragem desse que vos escreve. Sendo assim, o Flávio se apagou, eu num Quixotismo absurdo me rebelei pelo baixo índice de conformismo de ver tantas pessoas que não tem capacidade nenhuma ocupar espaços tão essenciais e importantes, causando um “desgovernismo” que mina qualquer atitude de resgate de um bom governo, já o Gustavo até que tentou, mas vejo em seu blog que também se cansou. Hoje, meus amigos, no lugar de “amigos do Jardel, temos ali vários amigos do prefeito”, que claro e com algumas ressalvas, mantém seus pensamentos apenas em um propósito, chegar ao final do mês e perceberem seus contracheques olhando para um horizonte que não passa dos seus próprios umbigos.

Após esse acidente que quase levou a minha vida, começo a ser muito mais questionador de mim mesmo, atos que deixei de fazer, pessoas que novamente gostaria de abraçar, fico até pensando de como seria bom juntarmos esses quatros cavaleiros novamente, e juntos buscarmos variadas formas de “reinventarmos Pirajuí”, essa cidade da qual, esses quatro jovens sempre tiveram vontade de morrer por ela, reflito hoje, porque não “viver por ela?”

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