Por: Carolina Gonçalves, da Agência Brasil
Publicado em 03/04/2012
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou da assinatura do Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal (Foto: Elza Fiúza/ABr) |
Com essas medidas, a indústria espera contornar impactos da atividade que é associada, historicamente, a práticas de desmatamento, trabalho em condições degradantes e poluição. “Do que produzimos hoje, 80% são a partir de carvão vegetal proveniente de florestas próprias plantadas, 10%, de florestas plantadas de terceiros e 10%, de resíduos de madereiras. Agora, estamos buscando autossuficiência das nossas florestas. Isso é sinal de que estamos resolvendo parte importante da cadeia”, explicou André Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o governo ainda terá de enfrentar outra parte da cadeia: a indústria de ferro-gusa, que prioriza as exportações e é suspeita de ter metade da produção sustentada pelo carvão de origem ilegal. O ferro-gusa é a liga de minério de ferro e carvão (carbono) que serve de base para a produção do aço.
“Aqui, a indústria do aço garantiu que vai produzir 100% do carvão vegetal, quer independência das guseiras (indústria de ferro-gusa). Mas, agora, temos de avançar no segmento das guseiras e estamos chamando esses empresários, mas será mais difícil esse diálogo”, avaliou a ministra. O Brasil é o maior produtor de ferro-gusa do mundo.
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