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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Todo cuidado é pouco, tanto pra quem vota, quanto pra quem apoia!

Hoje saindo pro trabalho me surpreendi com um papel "jogado" na porta da minha casa assinado por um vereador discorrendo sobre dois candidatos do PP, diga-se de passagem não configuram com o quadro do partido que ele, vereador  se encontra que é o PDT, isso seria apenas mais um agente político da cidade cometendo o crime de infidelidade partidária, mas o que me chamou atenção foi o que estava escrito no papel assinado pelo referido vereador, dizendo que a deputada federal Aline correia, abre aspas - "Ficha suja" se enquadra nos crimes:

Aline Corrêa de Oliveira Andrade Vice-prefeita PP São Paulo SP Processos


AÇÃO PENAL Nº 473, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA/QUADRILHA OU BANDO/CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA/FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO/ CRIMES DE OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS OU VALORES *

          Informa que ela enviou uma verba de cento e cinquenta mil reais para construção de galerias na Vila Ortiz, isso seria totalmente compreensivel se essa dita verba já não estivesse sido repassada aos cofres municipais pelo deputado estadual Chico Sardelli - PV através de emenda parlamentar, inclusive verba esta que foi pedida pelo Partido Verde local e prontamente atendida pelo deputado Chico Sardelli.
          Agora, não é de se estranhar quando consegui durante o meu mandato de vereador  uma verba intermediada - através de emenda parlamentar do deputado estadual Marcos Martins para esgoto no Jardim Aclimação, e também tivemos mais três vereadores que se intitularam "pais" de tal obra,.. Engraçado, filho bonito todo mundo quer ser pai, mas ir atrás de verba ninguém quer, depois de ter conseguido a verba para Pirajuí, você tem que passar por uma "sacanagem" dessas, ter um desgaste desnecessário como esse, desses "aproveitadores e caroneiros" de plantão que infelizmente povoam a política pirajuiense.
o vereador foi para mim um excelente vereador, é inconteste sua vida pública, homem que priva pela ética na política, sua vida e seus mandatos sempre pautados em ajudar o próxino, tem candidatos  competentes em seu partido dignos do apoio dele, tem total condições de apoiar um bom candidato sem precisar se expor  a um desgaste ou precise dizer inverdades para a população pirajuiense.

Vocês já repararam nos jornaizinhos dos candidatos que circulam na cidade?
Quantos políticos são pais da mesma obra?
A lagoa de tratamento tem até agora cinco pais,
a escola federal lá no Bairro Prof. Wilson Augusto Bispo conta com aproximadamente 9 pais,
o parque do povo, (idéia minha publicada no meu plano de governo com a candidatura a prefeito em 2000 - inclusive com o mesmo nome) nem começoaram as obras e já contamos aproximadamente com 15 pais pra essa referida obra.

Reparem que são poucos os jornais intitulados pelos próprios políticos, geralmente são jornais confeccionados pelos representantes de nossa cidade pedindo apoio, dê preferência aos veículos mais sérios ou materiais de campanha confeccionados pelo próprio candidato, a possibilidade de ser enganado é  bem mais baixa.

Candidatos ficha suja, por favor caríssimo eleitor, não vote!!!!!!
Tá falado!
Rodrigo Giora Schias ex-vereador e Presidente do Partido Verde de Pirajuí.
* texto extraído do site O Arquivo, postado dia 01 de outubro de 2009. Segue link anexo. 

domingo, 26 de setembro de 2010

Fome de Marina

Por José Ribamar Bessa Freire




(Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ) e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)







Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: "Lula é analfabeto". Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva , que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, "porque ela tem cara de quem está com fome".

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.

Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.

De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.

A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio."Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel.../ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!".

Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?



O mapa da fome



A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.

Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.

Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT.

Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco , quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.

Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.


Tudo vira bosta



Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, "o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta".

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - 'Se Manca' - dizendo a ela: "Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca".

Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - 'Você vem' - ela faz autocrítica antecipada, confessando: "Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem... e faz piada". Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: "Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você".

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, "ela tem cara de professora de matemática e mete medo". Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, "il péte de santé".
O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil...

Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.

Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.




Sem mais...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Agradecimento

Quero usar esse espaço para agradecer a funcionária Sra. Laura Maggi Trotti Fabrício do Centro de Saúde de Pirajuí, por conseguir uma consulta no encaminhamento a um especialista para meu querido filho e estendido à sua Diretora, grato ao Sr. Dr. Eduardo Carvalho de Andrade pelo sentimento humanístico e amor a profissão. Paz e saúde a todos...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Você sabe o que é o dia mundial sem carro?

O Dia Mundial Sem Carro é celebrado todos os anos no dia 22 de setembro. A comemoração surgiu na França, no final da década de 90, quando cidadãos de 35 cidades francesas decidiram deixar o carro em casa em busca de formas alternativas de se locomover. A ideia chegou ao Brasil em 2001 e o movimento não parou mais de crescer. A cada ano mais cidades brasileiras aderem com parcerias das prefeituras que fecham ruas e fazem ações de passeios de bicicleta ou caminhadas como ações de conscientização para o uso racional dos automóveis e de estímulo a formas mais sustentáveis de mobilidade.
O principal motivo da celebração é diminuir a quantidade de carros individuais nas cidades. Os problemas são os que já conhecemos: grandes congestionamentos, poluição do ar e sonora, isolamento urbano, acidentes fatais, problemas de saúde, alto consumo de combustíveis fósseis, gastos aos cofres públicos, queda de produtividade e redução da qualidade de vida.
No Brasil, de acordo com dados de 2010 do Denatran, existem 35 milhões de automóveis no país. A cidade de São Paulo é líder com a estatística de um carro por dois habitantes. Se você acha muito, nos Estados Unidos esse número é 1,3 habitante por carro, na Itália 1,5 habitante/carro e no Japão, Espanha, Canadá e Alemanha 1,7 habitante/carro.
Esses dados mostram o colapso que as grandes cidades em todo o mundo vêm sofrendo. Assim, mais de 40 países celebram o Dia Mundial Sem Carro.
Especialistas alertam que o grande vilão não é o carro sozinho, mas a "cultura do carro" que se instalou fazendo com que as pessoas sonhem com carro próprio suportando um modelo insustentável. "O mais sensato seria criar mecanismos para restringir a quantidade de carros circulando em zonas criticas da cidade e redesenhar a mobilidade de toda a cidade, inclusive com a participação da iniciativa privada", alerta Lincoln Paiva, diretor da Green Mobility.


texto de Vitor Jardim 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O que é Politicamente correto?

Este não é um blog estritamente político, tem várias opiniões e de variados assuntos, por essa razão a evocação ao termo o imbróglio, mas, essa palavra também se refuta as trapalhadas que acontecem no governo local, quando se perde o foco principal, nós sempre viremos intervir.



Evidentemente nas ruas, apesar de não de não estar contribuindo com nossa comunidade como vereador, todos sabem que sou político, e estar na presidência de um partido político que é o Partido Verde nos remete a um chamamento às responsabilidades que a sociedade nos implica, principalmente quando você sente a clara insatisfação de cidadãos que possivelmente vêem obras públicas sendo realizadas para benefício de familiares do nosso alcaide.



Esse governo por diversas vezes fez algo que a constituição expressamente condena, a lei deve ser observada em quatro diretrizes básicas conhecidas também como princípios que se seguem:



1. Legalidade: o administrador só pode agir ou não de acordo com a lei, o interesse público e a moralidade.

2. Interesse público: o ato público só terá validade se o administrador agir para atender ao bem estar da coletividade, ou seja, ao interesse público primário. Ele não pode se realizado visando ao interesse próprio, nem ao interesse público secundário (órgãos públicos e governantes).

3. Supremacia do interesse público: o interesse público prevalece sobre o individual, sendo respeitadas as garantias constitucionais e as indenizações.

4. Moralidade. Trata-se da moral administrativa, ou ética profissional, que consiste no "conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão". Violar a moral, neste sentido, é como violar o próprio direito.

É importante ressaltar que, na anulação de um ato administrativo, o Judiciário precisa examinar a legalidade estrita, a moralidade do ato, e o interesse público.

LEGALIDADE COMUM = lei

LEGALIDADE ADMINISTRATIVA = lei + interesse + moralidade

5. Impessoalidade. A administração deve servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidárias.

O MÉRITO DOS ATOS PERTENCE À ADMINISTRAÇÃO, E NÃO ÀS AUTORIDADES QUE OS EXECUTAM.

A publicidade dos órgãos públicos deve ser impessoal, não podendo conter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal (art. 37, § 1a, da CF).

6. Publicidade. Os atos públicos são divulgados de forma oficial, para terem efeito.

Entre as exceções estão:

Segurança nacional

Investigações policiais

Processos cíveis em segredo de justiça

7. Finalidade da administração: atender ao interesse público visado pela Lei, senão é caracterizado como abuso de poder, acarretando a nulidade do ato.

8. Indisponibilidade. A administração não pode transigir, ou deixar de aplicar a lei, senão nos casos expressamente permitidos. Nem dispor de bens, verbas ou interesses fora dos restritos limites legais.

9. Continuidade. Os serviços públicos não podem parar. Não deveria haver greve sem limites no mesmo. Mas o assunto ainda aguarda regulamentação por lei. O militar é proibido de fazer greve.

O particular contratado para executar serviço público não pode interromper a obra sob a alegação de não ter sido pago. Pode suspender os serviços apenas no caso de atraso de pagamento por mais de 90 dias, caso não haja calamidade pública, perturbação da ordem ou guerra.

10. Autotutela: A administração pode corrigir seus atos:

Revoga os irregulares ou inoportunos.

Quando anula atos ilegais, deve respeitar os direitos adquiridos e indenizar os prejudicados, se for o caso.

11. Motivação (fundamentação). Os atos administrativos devem ser justificados de fato e de direito.

12. Razoabilidade. A administração deve agir com bom senso, de modo razoável e proporcional,

13. Proporcionalidade. Este princípio já está contido no anterior.

14. Igualdade. Dentro das mesmas condições, todos devem ser tratados de maneira igual.

15. Controle judicial. Todos os atos administrativos estão sujeitos ao crivo judicial. "A lei não excluirá da análise do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito" (art. 5a, XXXV, da CF).

No Brasil, as decisões administrativas podem ser contempladas pelo Judiciário. Mas, o juiz não pode analisar o mérito do ato administrativo discricionário.

16. Hierarquia. Os órgão e agentes de nível superior podem rever, delegar ou abraçar atos e atribuições. A hierarquia limita-se apenas ao campo do Poder Executivo, Não se aplicando a funções típicas judiciais ou legislativas.

17. Poder-dever. A administração tem o poder e o dever de agir, dentro de sua competência, de acordo com o apontado em lei.

18. Eficiência. O serviço público deve ser enérgico e deve atender à necessidade para o qual foi criado.

19. Especialidade. As autarquias não podem ter outras funções além daquelas para as quais foram criadas, salvo alteração legal posterior.



Como você pôde analisar na Constituição, já há algum tempo, obras e serviços na cidade não estão sendo feitos com essa base constitucional, isso atrapalha a gestão pública e dá caráter pessoal àquilo que é de ordem pública.



No nosso mandato de vereador, estivemos pautados sempre por observar a lei e indiscutivelmente, fazer dela a base de todos os nossos atos como pessoa pública e isso nos trouxe alguns reveses, inimizades de pessoas que seus conceitos políticos não vão além dos seus próprios umbigos, e o que a gente vê é isso aí!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A bandeira da liberdade de imprensa como farsa e engodo da grande mídia

As associações, sindicatos patronais e veículos da grande mídia individualmente têm figurado no polo ativo de grandes questões pertinentes a um direito fundamental da sociedade brasileira, a liberdade de expressão. Dois episódios ilustram os mais recentes embates em torno do tema: a invalidação do diploma de jornalismo pelo STF e os projetos de governo que visam regulamentar a oferta de informação.




Todos são rebatidos sob o argumento de ofensa à liberdade de imprensa. Mas que liberdade é essa, afinal? A Constituição diz que a manifestação do pensamento, a expressão e a plena liberdade de informação jornalística não sofrerão qualquer censura, embaraço ou restrição. Mas também diz claramente que os meios de comunicação não podem ser objeto de oligopólios. E vai além, estabelecendo os princípios norteadores da programação audiovisual: preferência a finalidades educativas, artísticas e informativas; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente; respeito aos valores éticos da pessoa e da família.



Agora, o que realmente conhecemos hoje como liberdade de imprensa e de expressão?



É a liberdade das elites econômicas do País de controlar e manipular consciências, de disseminar uma visão unipolar do mundo, de monopolizar o direito à expressão, de calar as vozes dissonantes capazes de desestabilizar o status quo. Julgando-se arautos e guardiães da liberdade de imprensa e expressão, eles investem contra toda e qualquer tentativa de discutir os limites da atuação do jornalismo e do entretenimento atual. Qualquer reflexão capaz de questionar o modo como a programação é afetada por decisões de marketing, metas de lucratividade e valores mercadológicos em contraposição a valores sociais – sempre em segundo plano –, causa verdadeiro terror aos magnatas da comunicação.



Basta desligar a TV, parar um minuto e refletir: Quem são os donos da mídia? Quem patrocina os programas? Grandes acionistas e anunciantes elaboram um conteúdo esteticamente preparado para a sedução, a persuasão e o divertimento leve e descomprometido. A eles, não interessa estimular a capacidade crítica de suas audiências, atividade arriscada que poderia levar a um decréscimo inaceitável em seus sempre crescentes faturamentos. Pesados investimentos em publicidade têm destino certo, calculado estatisticamente e medido em variáveis do mercado consumidor, tudo com a mais recente tecnologia a serviço das metas de marketing.



A verdade é que somos disputados pelas marcas o tempo todo. Os anúncios publicitários já encontraram técnicas e métodos de invadir o espaço editorial e nos capturar no meio do programa televisivo ou no meio da leitura da notícia. Contaminado pela ânsia de vender o produto-notícia, o gênero jornalístico já abusa de recursos sensacionalistas para prender a audiência, impedida de desligar a TV ou trocar de canal, sob pena de perder o mais recente e importante desdobramento do crime que mobilizou a opinião pública do País.



As redes sociais na internet, apesar de darem voz e visibilidade a quem de outro modo jamais alcançaria um grande público, continuam sendo produtos e serviços de grandes corporações da internet. Eles oferecem ferramentas com funções idênticas, gratuitas ou pagas, para que você fique cada vez mais tempo conectado em seus domínios. Cada clique se reverte em verba paga ao provedor. Todo movimento é monitorado por softwares de mapeamento de navegação. Seus costumes, gostos, tempo e percurso de navegação, tudo é analisado e armazenado para compor seu perfil como visitante. E oferecer produtos que terão um maior apelo a seus interesses de consumo.



Embora engolfados pelo ritmo das mudanças nas tecnologias, processos e meios de comunicação, não podemos correr o ridículo de soar pessimistas, retrógrados ou saudosistas. Não condenamos necessariamente a inovação midiática, mas sim a apreciação acrítica e alienada de seus instrumentos. Faz-se necessário refletir se o tempo excessivo que o brasileiro passa na internet ou assistindo televisão se converte em benefício para sua formação como ser humano.



Será que a sociedade brasileira está satisfeita com o tipo de informação a que está exposta? Será que abrir um amplo debate junto à população para questionar os termos e limites de exercício da produção cultural como é feita hoje é realmente um ato atentatório à liberdade de imprensa e expressão? É imprescindível desligar a TV, parar um minuto e refletir.



* Jenifer Leão é jornalista, graduada em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Alagoas. Atualmente, cursa Pós-Graduação em Assessoria de Comunicação e Marketing, pelo Centro Universitário – Cesmac.

'Com certeza não daria a audiência que foi dada a Ahmadinejad', diz Marina Silva

"Canditada Marina Silva foi a última entrevistada na série promovida pelo Jornal da Globo"




SÃO PAULO - Nesta quarta-feira, 1º, a candidata à Presidência, Marina Silva (PV), foi entrevistada no Jornal da Globo, na sede da TV Globo, em São Paulo. Ela criticou a atuação do Brasil na política externa do governo Lula em relação ao Irã, fez críticas ao tucano José Serra por ter feito uso de uma favela virtual na propaganda eleitoral e defendeu regras para o agronegócio. Ao mesmo tempo, sustentou que o etanol já deveria ter se tornado uma commodity internacional. Política externa Para Marina, o Brasil tem que dar continuidade à 'cultura de paz' e que o País não pode fazer nenhum movimento contra a relação pacífica entre os povos. Ao mesmo tempo, a candidata verde criticou a forma como foi feito o diálogo com o Irã, que segundo ela, está contra os princípios da defesa da democracia e dos direitos humanos. 'Com certeza não daria a audiência que foi dada a Ahmadinejad, que causou um estranhamento nas democracias ocidentais', ponderou Marina, referindo-se à atual política de aproximação do Brasil em relação ao Irã de Ahmadinejad. 'Não se pode fazer em nome do diálogo um movimento político que acaba favorecendo um ditador, que não respeita direitos humanos, que não respeita as liberdades políticas, que tem presos políticos e que tem como objetivo construir e fazer a bomba atômica', alfinetou a candidata do PV. Desenvolvimento e favela virtual Perguntada sobre a questão do desenvolvimento no Acre, Estado onde é senadora, a candidata do PV disse que muita coisa foi feita. Porém, quando novamente questionada sobre saneamento básico, Marina admitiu que o Estado vivia uma situação de 'degradação social', mas que agora muita coisa melhorou. Ela aproveitou para criticar o adversário tucano José Serra, por usar uma favela virtual na campanha. 'O Acre era território, ele passou a ser um Estado, depende de repasses da União. Agora, obviamente que é grave o que acontece ainda no Acre, mas muita coisa mudou e mudou para melhor. Difícil é imaginar que o estado mais rico da Federação - que é o Estado de São Paulo - tenha uma situação como eu vi lá na favela da Mata Virgem', disse Marina. Segundo ela, no Estado não deveria haver favelas com esgoto a céu aberto e localizadas em áreas de mananciais. 'Por isso que eu estranhei que no programa do governador Serra ele tenha apresentado uma favela virtual. Porque tem uma favela real.' Também sobrou críticas para a educação no Rio de Janeiro. 'E o estado do Rio de Janeiro, por exemplo, que é o segundo mais rico da Federação? Está em antepenúltimo lugar em educação. Um dos piores índices de educação', conclui. Agronegócio Em relação ao agronegócio, Marina Silva defendeu regras para a exploração dos recursos naturais e mais investimento em tecnologia. Ela cita como exemplo as tecnologias aplicada na agricultura e na pecuária no Estado do São Paulo. 'Aqui em São Paulo a produção agrícola e a produção de carne têm altíssima tecnologia. Por que não pensar em fazer o mesmo na Amazônia? Por que quando é o cerrado, a Amazônia, o Pantanal, a caatinga, as pessoas acham que podem fazer de qualquer jeito?', indagou. No final da entrevista, a candidata do PV disse que o Brasil tem que mostrar ao mundo que respeita as regras. Curiosamente, ela fez a defesa do etanol como uma commodity e, mais uma vez, fez críticas ao governo Lula. 'As vezes a gente fala do agronegócio, da agricultura, como se fosse uma coisa só. Tem gente que está na vanguarda e estes precisam ocupar a cena, liderar o processo', defendeu a candidata do PV. 'Nós precisamos, por exemplo, transformar o álcool em uma commodity. Por que ainda não aconteceu isso?', fustigou. 'Porque o Brasil perdeu oito anos. Em lugar de fazer a certificação, só fazia propaganda', finaliza Marina Silva.